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Cuidados para projetar e instalar cercas elétricas.

As cercas elétricas são usadas para proteger edificações ou terrenos privados. Posicionadas no perímetro da área a ser resguardada, intimidam a passagem de pessoas não autorizadas e proporcionam sensação de segurança. Entretanto, para usufruir de seus benefícios sem preocupação, toda a instalação tem que ser devidamente projetada e executada. São cuidados simples, mas que reduzem a possibilidade de graves acidentes.

Segundo dados da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), em 2018, foram registradas 30 ocorrências no Brasil envolvendo choques em cercas elétricas, sendo que 28 resultaram em mortes. A região Nordeste do país concentrou a maior quantidade de casos, com 11 óbitos. Na sequência, aparecem Centro-Oeste (08), Sul (04), Sudeste (03) e Norte (02).

É significativa a quantidade de acidentes com instalações improvisadas, que costumam ser mais comuns em áreas rurais e sítios – Edson Martinho.

“É significativa a quantidade de acidentes com instalações improvisadas, que costumam ser mais comuns em áreas rurais e sítios”, informa o engenheiro Edson Martinho, diretor Executivo da Abracopel. Os dados da entidade mostram que a maioria das fatalidades acontece com homens de faixa etária variada — prevalecendo entre 30 e 40 anos, ou acima dos 50. Muitos deles são agricultores ou trabalhadores do campo.

Seis desses acidentes têm crianças como vítimas, que geralmente tocam na cerca elétrica improvisada sem saber do risco. “A eletricidade é algo perigoso, por isso, as pessoas devem sempre estar atentas e buscar um profissional habilitado para lidar com esse tipo de sistema”, ressalta Martinho. A prevenção das situações mais graves está relacionada com certas características da instalação. Confira dicas que ajudam a garantir essa qualidade.

  1. DIMENSIONAR ADEQUADAMENTE AS CERCAS ELÉTRICAS

Para planejar a instalação, um técnico visita o local e realiza a análise de risco, com atenção às particularidades arquitetônicas e pontos de maior vulnerabilidade. O projeto deve considerar alguns fatores iniciais, como a extensão do perímetro, pois se o limite máximo não for respeitado, há diminuição no poder de choque. Outra condição é a robustez, com os perfis de alumínio ganhando espaço frente às hastes devido a sua maior resistência.

A tensão aceitável chega até 10 mil volts, porém, a corrente deve ser muito baixa para que ninguém seja eletrocutado –

Selma Migliori.

Além da peça de fixação, o sistema é composto por outros materiais, como a central de choque responsável pela alimentação. Há ainda os fios por onde a energia circula, que podem ser de cobre ou galvanizados. Condutores fabricados a partir de outros metais correm o risco de oxidação. “A tensão aceitável chega até 10 mil volts, porém, a corrente deve ser muito baixa para que ninguém seja eletrocutado”, diz Selma Migliori, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese).

  1. TER ATENÇÃO AO ADQUIRIR O PRODUTO

A cerca elétrica comercializada no mercado é do tipo pulsante e o usuário precisa dar preferência sempre a este modelo. “Os acidentes que vemos atualmente acontecem com produtos não oficiais. Nessa instalação improvisada, ocorre a ligação direta de um fio na tomada e a outra ponta se conecta com um pedaço de ferro ou é fixada diretamente na cerca comum para energizá-la”, explica Martinho.

A grande diferença entre os dois sistemas é que o pulsante repele a pessoa logo após o toque. “Por outro lado, o contínuo pode causar o travamento dos músculos da mão”, conta Migliori. Estando “presa” na cerca, a vítima recebe uma descarga elétrica muito elevada e corre risco de morte. Além de optar pelo sistema pulsante, ao adquirir a central de choque é muito importante verificar se o equipamento é homologado junto aos órgãos responsáveis.

  1. VERIFICAR A ALTURA DO MURO E CARACTERÍSTICAS DO ENTORNO

As cercas elétricas ainda não contam com norma técnica própria, mas o sistema é regulamentado pelas legislações municipais. Entre as diretrizes, está a altura mínima que um muro deve apresentar. “Geralmente, ele precisa ter cerca de 2,5 m. Com isso, ninguém acidentalmente tocará no sistema de proteção, a não ser que esteja sobre uma superfície de apoio”, comenta Martinho.

Também é preciso atenção com o entorno, afastando ao máximo a instalação de qualquer outro componente metálico, como portões e gradis. “A proximidade tem potencial de energizar essas estruturas. Se isso acontecer e alguém tocar nelas, poderá sofrer um choque”, adverte Martinho. O ideal é fixar a cerca sobre muros de alvenaria, que apresentam alta resistência e não conduzem corrente elétrica.

  1. SEGUIR AS RECOMENDAÇÕES DO FABRICANTE NA INSTALAÇÃO

Os fabricantes do sistema disponibilizam manuais técnicos com informações para a etapa de execução. Os documentos trazem, por exemplo, a distância entre as hastes, número que varia em função do produto. “O instalador tem que conferir os dados com a indústria responsável pela cerca”, afirma Migliori, ressaltando a importância do uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) durante o trabalho.

  1. NUNCA ESQUECER O ATERRAMENTO

O instalador não deve concluir suas atividades sem antes garantir o correto aterramento do sistema. Além de proporcionar maior segurança, atenderá aos requisitos da ABNT NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão. O aterramento da central de choque pode ser feito por fiação que corre dentro de tubulação plástica, material isolante e que elimina possíveis fugas de energia.

  1. VERIFICAR O FUNCIONAMENTO DA CERCA ELÉTRICA

Após a instalação do sistema, é preciso se certificar que tudo está funcionando adequadamente. Para isso, pode ser usado um multímetro que avalia se o circuito está ou não energizado. Outro teste envolve uma chave de fenda simples. Basta aproximar a parte metálica da ferramenta no fio e na haste; caso surja um arco voltaico é sinal de que a execução foi bem-sucedida.

  1. ORIENTAR O PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL

O responsável pelo empreendimento precisa ser orientado sobre como lidar com as cercas elétricas. “Ele deve ser informado sobre os cuidados que terá que adotar ao executar algum trabalho próximo do sistema, como a poda de árvores ou pintura do muro. Nessas situações, o ideal é desligar o circuito e reativá-lo somente após a atividade ter sido concluída”, destaca Migliori.

  1. COMPLEMENTAR A SEGURANÇA

As centrais de choque contam com duas saídas, as normalmente fechadas (NF) e as normalmente abertas (NA). Esses conectores permitem a interligação com outros sistemas de proteção, como alarmes. Caso alguém toque na cerca, a sirene começa a tocar para alertar sobre a tentativa de invasão. Outra opção é a vigilância remota, em que não é emitido nenhum som, mas a equipe que está em uma central externa recebe o aviso para acionar a segurança.

  1. PENSAR EM SOLUÇÕES PARA PROTEGER OS ANIMAIS

Uma das principais dúvidas relacionada às cercas elétricas é a chance de eletrocutar aves que pousam no sistema. “O choque acontece quando há ligação entre a cerca e o aterramento, ou seja, algo precisa tocar nela e estar em contato com outro ponto — fechando o circuito. Se um pássaro fica sobre a cerca, estará somente em um dos pontos. É bastante semelhante ao que ocorre quando pombos estão nos fios de alta tensão”, conta Martinho.

Já os gatos que andam sobre os muros podem receber um choque e se assustar. Para eliminar completamente a chance de algum felino se machucar, o mercado oferece soluções que impedem o acionamento da cerca caso algo mais leve que um ser humano entre em contato com o sistema de segurança.

  1. CUMPRIR O CALENDÁRIO DE MANUTENÇÕES PREVENTIVAS

Pelo menos uma vez por ano, é recomendado receber um profissional especializado para realizar a manutenção preventiva da cerca elétrica. “O técnico irá procurar por pontos do sistema que possam estar com algum problema e analisar se existem fios quebrados. Ele também realiza testes com os equipamentos adequados para garantir que tudo está funcionando corretamente”, conclui Martinho.

Matéria adaptada do portal: https://www.aecweb.com.br/

Para ler a matéria na íntegra acesse: https://www.aecweb.com.br/revista/materias/10-cuidados-para-projetar-e-instalar-cercas-eletricas/21236?utm_source=sales_force&utm_medium=email&utm_term=&utm_content=&utm_campaign=boletim_aec_especial

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